Eu pensava que já tinha voltado a
estabilidade, o dia de ontem fora péssimo, minha respiração prejudicada por um
vírus e pelo aperto que era perder alguém. É como uma parte de mim que eu nunca
tinha descoberto, mas meu emocional tem sido tão bem trabalhado que uma
diversidade de faces aparecem agora; 8 ou 80 é como costumava ser, se era pra
ser triste, eu simplesmente era, e doía, e as vezes eu conseguia sorrir. Se era
pra ser feliz, eu era, mas não cuidava daquilo pra que restasse mais pro dia
seguinte. Hoje sou feliz mas se penso em você por 2 segundos, um bolo de coisas
tentam ganhar liberdade de dentro da minha garganta, através dos meus olhos,
pra fora de mim. Eu acho que sou egoísta, e eu acho que mereci ouvir coisas que
nunca tinha ouvido de ninguém antes, por que nunca tinha descoberto alguém com
tamanha similaridade a mim. Me tornei um quarto cheio de gavetas, pequenas
brechas e uma imensidão de sonhos, pesadelos, predições, lembranças. Eu nunca
diria essas coisas pra você, não diria como você me tirou de alguém que eu
odiava ser, sim, você tirou, foi a água enquanto meu corpo queimava. E eu não
diria por que você daria uma risada irônica, e Deus, como amo sua risada e seu
pensamento quadrado. A dimensão de qualquer coisa que eu fale, sinta ou ignore
não te interessam por que vai muito além dos nossos bons e maus momentos, vai
até um ponto que eu não posso pedir que você tente chegar, por que seria mais
egoísta da minha parte do que nunca foi, e a merda toda de ser uma "pessoa gaveta" é que sou
estupidamente sincera. Posso ser um mistério, com mal iluminação ou com
iluminação demais pra que se possa enxergar perfeitamente, mas quando você quer
ver o que tem em uma das gavetas eu simplesmente abro,
acredito fielmente que as pessoas que são apaixonadas por mim, são apaixonadas
por todas minhas facetas, principalmente aquelas mais estranhas e incoerentes,
e por esse motivo não te peço pra ficar.
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